Dando mais um passo na modernização institucional, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), por meio da Escola Superior do Ministério Público (ESMP-MS), realizou nesta sexta-feira (31) o curso “Inteligência Artificial no MPMS: Noções Básicas de Engenharia de Prompt – Portal LuminIA”. A capacitação apresentou as possibilidades de uso da tecnologia no âmbito ministerial, com destaque para boas práticas, segurança de dados e princípios éticos em seu uso.

Na abertura da formação, o Procurador-Geral de Justiça, Romão Avila Milhan Junior, destacou a importância estratégica da capacitação em inteligência artificial no contexto de transformação digital do MPMS e o compromisso da instituição com a modernização contínua de suas práticas.

“Agradeço às respectivas equipes e servidores que vêm se dedicando a esse processo. Acredito que até o final do ano que vem teremos uma nova estruturação de trabalho. O desenvolvimento da tecnologia tem sido tão célere que, mesmo para quem não está tão próximo, o impacto é muito grande”.

Em seguida, o Diretor-Geral da ESMP-MS, Promotor de Justiça Fábio Ianni Goldfinger, reforçou o compromisso da Escola Superior com a continuidade das capacitações voltadas à inovação tecnológica e inteligência artificial no Ministério Público.

“A tecnologia muda numa velocidade tal que talvez o que estamos tratando hoje já esteja ultrapassado. Por isso, vamos manter uma constância nesses eventos, para que possamos estar sempre atualizados”.

A capacitação foi ministrada por Promotores de Justiça Paulo César Zeni, Coordenador Adjunto da Rede Nacional de Inovação Digital do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), e Ricardo de Melo Alves, Coordenador do Laboratório de Inovação do MPMS. Ao longo da formação, eles abordaram conceitos fundamentais da engenharia de prompt e demonstraram como ferramentas de inteligência artificial podem ser aplicadas no cotidiano das Promotorias de Justiça para otimizar a produção de documentos, análises jurídicas e atendimentos ao público.

Durante sua palestra, o Promotor de Justiça Paulo César Zeni destacou a relevância da inteligência artificial no cenário institucional e global, ressaltando a necessidade de adaptação do Ministério Público a essa nova realidade tecnológica. Segundo ele, o momento é de mudança profunda e urgente.

“Me parece bem evidente que o momento é sério, e todo mundo está percebendo a importância dessa fase que estamos vivendo. A chegada da inteligência artificial generativa marca o surgimento de um novo cenário tecnológico. Ela está mudando a forma de produzir conteúdo, de se comunicar, de trabalhar, e vai exigir de nós adaptação e responsabilidade”, pontuou.

Ao longo da exposição, o Promotor de Justiça explicou conceitos fundamentais para o uso seguro e estratégico da IA, como prompt, janela de contexto e cuidados com a proteção de dados, além de destacar a democratização do acesso a ferramentas avançadas.

Em sua apresentação, o Promotor de Justiça Ricardo de Melo Alves conduziu uma demonstração prática das soluções tecnológicas já incorporadas ao MPMS, como o Portal LuminIA e o Copilot, ferramentas que otimizam a elaboração de peças processuais, análises documentais e rotinas administrativas. Ele ressaltou o protagonismo institucional no uso estratégico das ferramentas digitais, afirmando que o MPMS se posiciona na vanguarda da modernização e da integração tecnológica.

“Esse tema chama muita atenção e desperta em todos nós a necessidade de uma capacitação para podermos trabalhar com essa nova tecnologia. Há 22 anos, nosso trabalho era feito em papel, com carimbos e assinaturas manuais. Hoje, temos a satisfação de contar com uma instituição na vanguarda tecnológica, com instrumentos que nos permitem atuar de acordo com o que há de mais moderno”, completou.

A palestra reuniu mais de 570 participantes, entre membros, servidores, estagiários e residentes do MPMS, e faz parte do plano estratégico de modernização tecnológica da instituição. A iniciativa reforça o compromisso do MPMS com a capacitação interna e o acesso a soluções seguras, eficientes e alinhadas às normas institucionais e à legislação de proteção de dados.

Texto: Maurício Aguiar
Imagem: Printscreen